Entre e Fique à Vontade...

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Receita para quebrar a acidez...

Por Cris Nunes

Há que se fazer transformar, verdadeiramente, o ácido que chega até nos em doce dentro de nós.
Não menos importante, devemos também nos ater ao ácido que temos e que devemos fazê-lo docura.
Para quebrar a acidez abuse de pitadas de amor e compaixão.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mulheres, vamos nos desprogramar!!!

 Por Cris Nunes

Tem dias que acho tão cansativo ser mulher que me revolto e fico  por um tempo "menos mulherzinha".  É que fomos programadas a "ter que fazer" tantas coisas chatas que as vezes nos pegamos exaustas e fazendo todas elas. Mas nos esquecemos que é uma questão de escolha. Enfeitar, maquiar, fazer unha, usar salto, depilar, colocar brincos, anéis, pulseiras... aff, uma chatice! Que tal, para testar, pelo menos uns dois meses sem nada disso? Eu recomendo! Além de descansar cabeça, pele, unhas e pés, etc,  você ainda economiza horrores. Quer coisa mais insuportável do que arrumar uma mala de mulher? Chega a ser ridículo. São no mínimo 5 necessaires: 1 pra banho (sabonete para o corpo, sabonete para o rosto, shampoo, condicionador, máscara, creme para pentear, pente, fio dental, escova de dentes, cotonetes); outra pós banho (hidratante para corpo, rosto, área dos olhos, removedor de maquiagem, tônico, perfumes, protetor solar pra corpo e protetor pra rosto);  uma pra maquiagem (batons, base, pó, himel, blush, lápis, delineador, iluminador, pincéis, gloss, esqueci algo? Deus me livre!!) acho que o removedor ficou na bolsa errada; outra pra bijouterias (brincos, pulseiras, colares e anéis)   e, por fim, o kit escova secador, chapinha, xuxinha, tic-taks, piranha kkk que ocupam um espaço terrível. Ah, tem uma sacolinha com calcinhas, sutiãns e absorventes (noturno, interno, diário e normal) caso seja necessário e é bom levar um remédio pra cólica também e por favor não esqueça o da TPM. Onde vai caber roupa na mala? Boa pergunta. Fora isso, além da bolsa que você leva na viagem, É BOM (ai ai ai) levar uma outra bolsa de reserva, pois vai que outra não combina com a ocasião ou com todas as roupas? Imagina? Querem que eu descreva o ritual pra maquiar? Melhor não!  Deu preguiça de viajar né? Pois é, isso porque não descrevi a diversidade de sapatos, cintos e roupas que normalmente "temos" que levar. E não pensem que estou falando de uma mala de patricinha não. Isso é uma mala BÁSICA  de mulher "normal", acreditem. E se elas põem "o mínimo possível" na mala, imagina o que estas malucas têm em casa? O pior de tudo ainda está por vir... com todas estas chatices pra fazer ainda somos muito mais cobradas. Quer ver? Se falamos palavrão (o que seria bem adequado para a nossa desgastante rotina) soa mais feio; se fumamos, que não deixa de ser uma fuga e um relaxante (PS: odeio cigarro) também é bem mais feio, se somos desorganizadas (mesmo com muito mais coisinhas chatas pra arrumar), que horror  uma MULHER BAGUNCEIRA! Já ficou de salto pelo menos 1 hora em pé pra saber como é? Fio dental, o da bunda, já usou? A vontade é de falar palavrão mesmo (dos bem feios) e fumar um maço de cigarro pra quem gosta. Agora, pergunto a vocês, por que fazemos tudo isso? São tantas explicações, melhor nem tentar!! Que tal abrirmos um debate?
MULHERES, na minha opinião o importante é se sentir bem, cuidar de dentro pra fora, alimentar-se bem, praticar atividades físicas, ler um bom livro e isso refletirá no nosso exterior. Quer coisa mais chique que simplicidade? Sem muita informação, mas com estilo, tipo O SEU? Buscar a sua identidade, inclusive visual e fugir dos padrões consumistas da aparência, nos mantém mais próximas do que é mais importante: a essência. Encontrando a essência, a segurança de se sentir bem, independente de qualquer fator externo, torna-se charmoso e as vezes até irresistível. Ok?!

Agora me dêem licença que só tenho 5 horas pra arrumar a minha mala hahaha...  

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O que se leva para a vida após uma longa corrida...

 Por Cris Nunes

A vida é engraçada, coisas inesperadas acontecem pra nos despertar, nos fazer refletir...
Quase sempre o que conquistamos nos leva a outros caminhos e valores diferentes da conquista “real”.
Inscrevi-me na Meia Maratona de Montes Claros pra tentar perder o medo de mim mesma, pra praticar a aceitação caso não conseguisse completar a prova, pra me superar e, no máximo, pra tentar chegar ao final, o que já seria muito.

Nunca havia corrido 21 km antes.

Quem gosta de competir, na verdade, sente medo por que gosta tanto de vencer que só pensa na tristeza que seria se isso não acontecesse. Mas naquele dia foi diferente. Eu não estava ali pra vencer, não me preparei. Claro que de vez em quando pensava - "vai que ganho", mas como não estava ali pra isso, relaxava em seguida. Minha única adversária seria a de sempre e que já estou muito bem acostumada com ela: EU. A meta era "somente" completar a prova.

 Após a largada percebi que a luta seria contra meus pensamentos mais do que qualquer outra coisa. Correr pra mim é hobby, sempre foi, faço por prazer. Mas, naquele dia não foi, não senti prazer. Sentia e pensava tantas coisas ao mesmo tempo que foi tenso, bastante tenso no início. Tive que falar o tempo todo a mim mesma que eu gostava daquilo, que eu dava conta, que seria legal, mas foi muito difícil me convencer. Senti vontade de parar por diversas vezes, algumas por preguiça, outras por pensar no que eu estava fazendo ali naquele sol escaldande correndo? A troco de que? Poderia estar na sombra, sentada, tomando uma água de côco.

          A cada pessoa que passava na minha frente desejava, sinceramente, de todo coração, boa sorte e força, pois sabia o quanto estava sendo difícil estar ali. Imaginei que pra todo mundo também não devia estar sendo fácil. As emoções, à flor da pele, pareciam contagiar os corredores, e num clima de "estamos no mesmo barco" todos seguiam com olhares, sorrisos, gestos e frases de incentivo. Emoção, foi o que senti em cada passo após esquecer da corrida em si e me ater às sensações. A prova se tornou uma metáfora. Aquilo já não era mais uma simples Meia Maratona, mas simbolizava a minha vida. E percebi que por mais que muitos queriam ganhar o prêmio, a superação era individual, não existia muita disputa com o outro. E nem poderia.

Como querer superar alguém que desconheço a história de vida, o preparo físico, o treinamento que fez, a predisposição genética, o espírito de superação, etc? Seria no mínimo leviano. Nos momentos de maior cansaço físico e, consequentemente mental, recebi manifestações tão carinhosas, que me deram força pra continuar e isso me fez querer incentivar os outros também. Como não remeter aquilo tudo à vida?

A verdade é que durante a corrida e diante de todas as intensas sensações, físicas, emocionais e psicológicas, passa um filme na nossa cabeça. Lembramos muito de tudo que já vivemos, das pessoas que amamos, todas as tristezas, vitórias e emoções por que passamos se afloram, vêm à tona. E cada passo que conseguimos dar se transforma em um pedacinho da vida que foi, e, os passos que vêm pela frente em pedacinhos da vida que vai ser.

Então já não existe mais vontade de desistir, e sim, muita vontade de conseguir chegar, de prosseguir. Tive certeza que para cada um, mesmo para os primeiros colocados, a experiência, as emoções e a lição final, que devem ser diferentes e bem particulares, valeriam muito mais do que o prêmio. Digo isso como amadora, talvez para profissionais nem tanto.

Na chegada, momento de maior emoção, o que me fez mais feliz não foi completar a prova, por incrível que pareça. Foi poder ver meus irmãos, me esperando e acreditando que eu chegaria; foi ver meus amigos e pessoas tão especiais no sol escaldante sorrindo e acenando pra mim. Sei que eles não foram esperando a vitória. Foram me ver.

E após completar uma prova de Meia Maratona, correndo 21 km por 2 horas, pude perceber o quanto é bom ter irmãos, amigos e bons sentimentos. Foi uma maravilhosa experiência que me fez dar muito mais valor a pequenos detalhes fundamentais: a importância de um sorriso, de uma palavra de incentivo, de vigiar os pensamentos SEMPRE, de valorizar as pessoas que amamos, de desejar o melhor a todos (o quanto isso faz bem!!) e que na vida o nosso maior adversário é a gente mesmo.

Muitas vezes precisamos de passar por momentos de intenso sofrimento, pra valorizarmos o que realmente deve ter valor.

Uma doença grave, a perda de uma pessoa especial, uma grande tragédia, são momentos de grandes emoções e de muitas reflexões.

Uma Meia Maratona não pode ser comparada a estas dificuldades acima citadas. Mas por tudo que senti durante a prova e por ter me levado a limites de todas as formas, ela também gerou reflexões e lições de vida valiosas...

A corrida pra mim resumiu o que devemos levar para nossas vidas...
Por maiores que sejam as dificuldades, tanto a trajetória quanto a chegada, valem muito a pena!! Certamente por que seremos pessoas bem melhores do que antes.

Recomendo a todos participarem pelo menos uma vez na vida de uma prova deste tipo... Vale muito a pena!!